Desde as décadas mais antigas, até o momento atual, dependemos diariamente do transporte rodoviário para entregar cargas. No Brasil, essa operação tem características em que seu presente é determinado fortemente pela infraestrutura e iniciativas do passado. Para você entender melhor o Blog Polifrete irá explicar o contexto histórico, o momento atual e as tendências para o futuro.
Histórico
Durante a época da colonização, o Brasil era ocupado no litoral, fazendo com que até meados do século XIX o transporte marítimo fosse o mais utilizado, junto ao ferroviário.
Surgiu em 1854, a primeira ferrovia do Brasil que ficava no estado do Rio de Janeiro. No auge do período do café, o transporte era feito por animais e foram surgindo também mais ferrovias na região Sudeste e em outras partes do país.
A partir do século XX as coisas começaram a mudar. Na época da Primeira Guerra Mundial, o Brasil começou a montar seus primeiros carros. Em 1925 o Brasil já contava com duas montadoras: a Ford e a General Motors.
Em 1950 o transporte rodoviário ganhou mais intensidade onde diversos fatores contribuíram para isso. Getúlio Vargas instaurou uma política nacionalista em que proibia a importação de veículos completos e de peças com produção nacional similar. Assim nesse período não foi apenas a indústria de veículos que se desenvolveu no país, mas todos os demais setores, fazendo com que o Brasil já não tivesse uma economia tão básica criando novos canais de distribuição.
Na mesma década o governo de Juscelino Kubitscheck , constrói Brasília, mostrando que era preciso se expandir a novos lugares, somando isso à política de Vargas para a criação e desenvolvimento de rodovias, o setor começou a se desenvolver rapidamente, fazendo do transporte rodoviário o modal preferido de transporte, para indústria e passageiros.
Menos de 30 anos depois as rodovias ficam sem investimentos. Na década de 90 a diminuição ou extinção dos impostos que ajudavam na manutenção e o próprio despreparo para cuidar de uma malha tão extensa colaboraram para o sucateamento das rodovias.
O Presente
O passado ajudou a compor a matriz atual de transportes no Brasil. De acordo com o IBGE, a matriz de transportes brasileira é composta majoritariamente pela opção rodoviária. Cerca de 60% de toda a carga movimentada utiliza as rodovias brasileiras para chegar ao seu destino. As ferrovias respondem por 21% e as hidrovias, por 14%. Já o aéreo responde apenas por 0,4%, devido aos altos custos e à falta de estrutura.
Mas apesar do transporte rodoviário ser o mais utilizado, considerando o porte do Brasil e suas necessidades, o transporte ainda é muito desequilibrado. As rodovias e estradas estão sobrecarregadas dificultando o cumprimento de prazos junto a outros problemas em relação à segurança, onde os roubos de cargas é uma constante preocupação. Em 2015, o prejuízo acumulado com esse tipo de roubo foi de R$ 1,2 bilhão.
Embora a falta de investimentos seja uma questão histórica, o governo brasileiro continua investindo na modernização dos modais. Em 2015 o investimento na infraestrutura de transporte foi de mais de R$ 26 bilhões. As obras se concentraram principalmente nas rodovias, de modo a torná-las mais adaptadas para as necessidades atuais. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de todo esse sistema acontece em passos lentos, gerando o conhecido “Custo Brasil”, pois com as dificuldades econômicas e físicas, ocorre o encarecimento dos produtos e serviços.
Evolução Tecnológica
A evolução tecnológica no transporte de cargas sempre foi muito importante para o seu desenvolvimento no Brasil. A chegada de novos recursos permite que as possibilidades sejam exploradas e que o desenvolvimento aconteça.
Os caminhões foram se desenvolvendo e, hoje, conseguem transportar uma grande gama de produtos com necessidades diferentes. As estradas também aproveitaram a evolução tecnológica. Começaram a ser usadas novas formas de construção, de modo que elas pudessem ser mais duráveis e mais seguras. A utilização de recursos como iluminação e também câmeras auxiliou o processo.
Porém, a evolução do sistema brasileiro acontece em passos lentos. Mesmo com o sucesso no uso de tecnologia em diversos setores, quando se fala em estrutura, essas questões são mais atrasadas. Há rodovias que sequer são pavimentadas ou que não têm o mínimo de estrutura necessária para seu funcionamento. Levar isso em consideração é fundamental porque os resultados são severamente afetados.
Ao mesmo tempo, há uma importante evolução tecnológica em relação às empresas, que para tornar o transporte de cargas mais conveniente, usam cada vez mais recursos altamente tecnológicos como: rastreadores de veículos e sistemas de gestão completa, planejadores de rota, Data Science para que dados coletados sejam analisados, entre outros, que a partir do aproveitamento adequado da tecnologia, adquirem uma logística mais preparada e mais robusta, especialmente para lidar com problemas.
O Transporte Rodoviário
Sendo o meio mais popular do Brasil, ele pode ser utilizado por empresas de todo os tamanhos e segmentos, indo desde indústrias de base até comércios eletrônicos, visto que, no transporte rodoviário, pode-se utilizar caminhões de todos os tipos, como os que levam vários veículos ou os que carregam produtos inflamáveis.
É um modal bem conveniente, por causa da grande ligação entre estados por meio das rodovias federais e estaduais, com mais possibilidades de realizar a entrega exatamente no local desejado. Apesar disso, não é o meio mais barato pois, além do combustível e dos pedágios, há custos ligados a toda a segurança e estrutura. Porém, é o meio mais desenvolvido atualmente.
Tendências
Qual será o futuro da atividade? O que esperar do transporte de cargas?
Compreender o presente panorama do transporte de cargas é a melhor maneira para prever o que virá no futuro. Ciente das dificuldades e dos pontos que podem ser melhorados, o setor tende a se desenvolver ao longo dos próximos anos. Dentre as possibilidades, estão:
Emprego crescente de tecnologia - O desenvolvimento tecnológico não tem influência somente na construção de modais mais modernos ou mais econômicos. Ele também pode fazer parte do planejamento e execução dos transportes, de modo que seja possível ter mais visibilidade, controle e segurança. O emprego de Data Science e de inteligência artificial vai ajudar gestores a tomar as melhores decisões a respeito de como levar as mercadorias de um local para outro.
Terceirização de logística - Atualmente, as empresas ainda preferem manter suas próprias frotas e realizar o transporte por conta própria, porém essa é uma opção muito onerosa, inclusive por causa da burocracia envolvida. Para o futuro, a tendência é de que haja cada vez mais terceirização dos processos logísticos. Ao delegar essa tarefa para uma empresa de qualidade, o empreendimento pode se dedicar com mais afinco à sua atividade principal, de modo a consolidar os seus resultados. Para aprofundar nesse assunto, leia o e-book: O Guia Prático da Terceirização Logística.
2018: ano de investir no transporte - O ano de 2018 é decisivo para o Brasil. Ano para dar prosseguimento à recuperação econômica, ano de eleições, ano de implementação de reformas estruturantes e da necessidade de tomada de decisões adequadas para que o país siga o rumo certo. É inegável que o transporte rodoviário é uma das pautas mais importantes.
Na opinião do Presidente da CNT e dos Conselhos Nacionais do SEST e do SENAT, Clésio Andrade, investir fortemente em infraestrutura de transporte é o caminho para que o país volte, de fato, a crescer.
Futuro e Inovação
A inovação e o desenvolvimento tecnológico estão mudando rapidamente a atividade transportadora. A CNT tem como objetivo trazer para o Brasil as melhores tecnologias e ideias inovadoras que ajudarão a modernizar tanto a gestão quanto a operação das empresas e dos transportadores autônomos brasileiros. O Setor de transporte se prepara para o futuro com desafios impostos pelas novidades tecnológicas – que surgem cada vez mais rápido - demandando criatividade, experimentação e adaptação à mudança.
O mundo está mudando em um ritmo cada vez mais acelerado, não há como lutar contra esse movimento. Assim, por mais que as novidades, principalmente as tecnológicas, causem algumas incertezas, é necessário que o país esteja preparado para recebê-las, incorporá-las de forma proativa, construindo uma cultura de inovação, com estímulo à criatividade e às novas ideias. O futuro é um campo de oportunidades! Portanto é necessário definir uma visão de futuro para o transporte brasileiro e um plano de desenvolvimento para alcançá-lo.
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