Maior fabricante de implementos rodoviários do Brasil, com uma forte atuação também na área de autopeças, a Randon sentiu recentemente os efeitos da grave crise financeira que afeta o país.
Segundo o balanço financeiro divulgado pela empresa na quarta-feira passada (12/8), no primeiro trimestre desse ano houve uma queda em seus lucros: dos R$ 129,6 milhões ganhos no mesmo período em 2014, neste ano ficaram na casa dos R$ 832 mil.
Em números, isso pode ser representado num índice negativo de 99,4%, o que fez com que a Randon emperrasse sua margem líquida dos negócios para apenas 0,1%.
Pegando a receita líquida, consolidada em R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre, houve uma queda de 27,7% em relação ao do ano passado. Caso sejam inclusas as vendas das empresas do grupo, a receita bruta total dos seis primeiros meses de 2015 chegou a soma de R$ 2 bilhões, valor 30,5% menor ante os números do ano passado.
No mês de junho a Randon tinha 10,1 mil funcionários, ante 11,8 mil de 2014. Desde abril o grupo adota uma política de redução na jornada de trabalho para cinco dias por mês na maioria das empresas, medida que vale até setembro.
Através de uma nota oficial, o diretor financeiro e de relações com investidores do grupo, Geraldo Santa Catharina, apontou algumas alternativas para contornar esse momento de crise: “Afetados pela dinâmica do mercado de veículos comerciais, os negócios ganham impulso adicional em linhas menos tradicionais [da companhia], como os equipamentos ferroviários, exportações e serviços financeiro.”
Projeções revisadas
Toda essa turbulência fez com que a Randon revisse suas projeções para 2015, que previa uma receita bruta de R$ 4,2 bilhões e receita líquida de R$ 3 bilhões. Agora, o faturamento deverá ficar em US$ 265 milhões.