Os roubos de carga se tornaram uma das principais fontes de renda das quadrilhas de traficantes de drogas. Desde 2011, o número de ocorrências no estado do Rio Janeiro triplicou, chegando a 9.870 casos registrados em 2016, número recorde desde o início da série histórica, 24 anos atrás.
Os caminhões são interceptados nas estradas, principalmente na Via Dutra, na Washington Luiz e na Avenida Brasil. Na terça – feira, 30 de junho (2017), os caminhoneiros voltaram a fazer uma manifestação na Avenida Brasil, contra o aumento dos roubos de carga no Estado do Rio de Janeiro e devido ao protesto, o trânsito ficou engarrafado. De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura – COR, o congestionamento na Avenida Brasil chegou a 17 quilômetros. Já em outras vias expressas do Rio, o engarrafamento chegou a 56 quilômetros. O COR chegou a recomendar que a população optasse pelo BRT, metrô ou trem.
A principal reclamação dos caminhoneiros é o grande número de roubo de cargas nas vias que cortam o estado, principalmente nas regiões dos complexos da Pedreira e Chapadão.
Segundo o Sindicarga, a cada uma hora um caminhão é roubado nas estradas que cortam o Estado. Segundo dados do órgão, daqui há um mês o Rio vai passar São Paulo em número de cargas roubadas por dia e mais de R$ 400 milhões foi o prejuízo de empresários do Rio, só neste ano, com este tipo de crime. No ano passado, a entidade estima que teve um prejuízo de R$ 1 bilhão.
Donizette Pereira, empresário e um dos representantes do Sindicarga explica que uma cidade como o Rio não pode ficar abandonada pelos governos Federal e Estadual, é necessário segurança. O Sindicarga, que representa a categoria, já falou e enviou ofícios para as autoridades, mas, infelizmente nenhuma ação foi feita para conter os roubos de cargas no Estado e se continuar assim vão ter que parar de abastecer o Rio. É preciso fechar os acessos as comunidades onde ocorrem os assaltos, pois, a categoria está tendo prejuízos enormes, os funcionários saem pra trabalhar, mas não sabemos se eles irão voltar vivos.
Segundo relatos dos manifestantes, muitos caminhoneiros estão abandonando a profissão por causa da violência e da falta de segurança nas estradas do estado e as seguradoras têm aumentado os valores para quem faz transporte de cargas para o Rio e isso acaba encarecendo os produtos para os consumidores da cidade.
De acordo com o coronel da Polícia Militar Venâncio Moura, diretor de segurança do Sindicato de Empresas de Transporte de Carga – Sindicarga, a situação no Rio está insustentável, os empresários que transportam cargas estão prestes a parar. Os governantes precisam agir imediatamente, o estado está sem recursos e não está tendo poder de respostas. As iniciativas dos empresários já se esgotaram e o desabastecimento será certo se continuar assim.
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